segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Primeiro Discurso do Papa Francisco no Brasil

O Papa Francisco falou pouco e disse muito. Fenomenal. Ditado pelo Senhor, foi o que me pareceu o primeiro discurso do Sumo Pontífice no Brasil neste 22 de julho de 2013.

Até parecia que tinha lido a argumentação da Presidenta Dilma, que horas parecia estar apresentando um Projeto, horas se desculpando pelos vandalismos dos últimos protestos.

Mas, em suma, o 1o. discurso do Papa foi em cima do problema crucial: a Educação da Juventude. Com um sotaque bem fácil de se assimilar, em Português claro e tom conversacional, o Bispo de Roma usou de figuras de linguagem do nosso vernáculo com tal propriedade que me encantou. E vejam que, embora Cristão, não sou católico ou devoto de qualquer Igreja.

Como se usando de uma parábola, foi altamente incisivo ao utilizar a nossa expressão paternal que “os filhos são as nossas meninas dos olhos”. Lembrou-me as palavras do Mestre dos Mestres: “Venham a mim as criancinhas”. E parecia retrucar à Presidenta, ao reiterar que devemos dar condições de vida e de educação para que os nossos jovens possam ser tudo de bom que têm direito de ser.

Tomara que suas palavras sejam repetidas por esse Brasil afora, e as promessas de inclusão social, investimentos na Educação, programas tipo Um Computador para Cada Aluno, etc., sejam cumpridas, levadas à prática.

O Papa não disse, mas pareceu deixar nas entrelinhas, que os atos de vandalismo praticados pelos milhares de jovens durante os protestos de 2013 no Brasil têm por trás as más práticas políticas, não só pelo financiamento de coquetéis molotov e outras peças de guerrilha urbana, mas pelo desvirtuamento das metas educacionais.

Se os jovens têm sido aliciados para desvirtuar o caráter pacífico dos protestos, os verdadeiros corruptos são todos aqueles que, detentores do Poder pelo Mandato, se mostram corruptores e corruptos na sua missão de bem servir à Nação.

E a solução não está na manipulação das massas, nas medidas populistas que o Brasil está acostumado a ver e sentir a ineficácia. A solução está em se educar o povo. Em lhe dar condições de fixar metas e recursos para alcançá-las. A solução está na democratização e viabilização de acesso à Educação e Cultura, o que, aliás, é meta de minha vida, como pode ser visto em meu website, Eugenio Ramos Poeta.

Assim, o Papa Francisco se mostrou mais político brasileiro que todos os eleitos pelo nosso povo. O Papa mostrou que entende os nossos problemas e sabe como contribuir para a solução. O Papa é um Mestre. Ouçamos o Papa. Paz e bem ao Papa e todo o seu rebanho. Políticos, obedeçam ao Papa. Ele trouxe a voz do Senhor.